André, um abraço e obrigado pela mensagem.
Existem vários argumentos para justificar cotas para trans que não puderam ser desenvolvidos em meu texto, de tamanho limitado pelo jornal. Na verdade, a proposta do pequeno texto nem foi a de apontar os argumentos para justificar as cotas, mas a de rebater duas críticas que a UFBA tem recebido por ter aprovado as cotas para pessoas trans, entre as centenas já enviadas. Uma das críticas, por incrível que pareça, questiona as cotas para trans via "isonomia" para pessoas gays! Isso é um completo absurdo e sobre isso que eu queria falar.
Mas respondendo as suas questões:
"não estar convencido sobre o direito dos trans às cotas na pós-graduação é necessariamente uma expressão de transfobia?"
Eu diria que não estar aberto a entender um universo alheio, como é o universo trans, é que seria uma expressão de transfobia. Como vc sabe muito bem, os preconceitos se expressam de formas muito objetivas e conhecidos, mas também de formas diferentes e sutis, por vias subjetivas. Por isso, às vezes, mesmo sem saber podemos estar reproduzindo preconceitos...
"os argumentos para defender as cotas na pós-gradução são os mesmos ou são do mesmo tipo daqueles apresentados para justificar cotas na graduação?"
Não sei se a UFBA está discutindo cotas para pessoas trans na graduação também. Eu acho isso igualmente necessário.
2. ampliação das políticas de acesso e permanência para essa população: já temos algumas poucas pessoas trans na graduação, temos o nome social na UFBA e precisamos de uma série de outras políticas (como a questão dos banheiros por identidade de gênero, por exemplo)
Sigamos conversando, abraços, Leandro
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